terça-feira, 3 de abril de 2012

n/214 - DICAS, IDEIAS & SERVIÇOS {DIS} - são paulo

(2) - terça/03 de  abril/2012  

"Simples assim..."

De: NEL CURI - from fb - (Rio de Janeiro)
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e de "física, química e biologia" parece ser composta essa
história russa contada por uma senhora de 99 anos
e que nos foi enviada, acompanhada do original em russo,
por NEWTON MELLO
Тридцать шесть лет
одиночества вдовы
маршала Катукова
Trinta e seis anos
viúva solitária
Marechal Katukov
Автор: Елена КосоваAutor: Helen Kosova 
Sinopse:

A jornalista Helena Kosova entrevistou a viúva do Marechal Mikhail Katukov em Março de 2012, a Sra. Ekaterina Katukova, com 99 anos de idade em seu apartamento em Moscou:

“O General Katukov morreu em 08.06.1976 e foi enterrado no Cemitério Novodevichy com honras militares. Herói russo na Segunda Guerra Mundial Katukov notabilizou-se logo no início da guerra como comandante de tanques”, diz sua esposa Ekaterina Katukova em seu apartamento de Moscou.
Hoje com 99 anos Ekaterina já escreveu nove livros sobre seu marido. Diz ela que nos anos 30 ela era uma secretária-estenógrafa formada, com capacidade para estenografar 120 palavras/minuto, quando foi convocada para trabalhar no Kremlin, onde chegou a ser escalada para trabalhar com o próprio Stalin. Disse ela que ficava nervosa toda vez que era convocada para anotar ditados de Stalin: “Além do forte sotaque georgiano, ele não parava de andar enquanto ditava. Dava voltas na sala o tempo todo.”
Na época, Ekaterina era casada com Alexei Lebedev, um adido militar no Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética, porém, nos grandes expurgos de 1936, seu marido foi preso e fuzilado, após ser acusado de conspirar contra o regime. Ela própria foi também presa, estuprada e torturada por um investigador chamado Epstein que a acusava de conhecer detalhes de uma suposta conspiração contra o líder Stalin em curso no Exército Vermelho.
Ekaterina permaneceu 18 meses na prisão e como não encontraram evidências contra ela foi, depois desse período, absolvida por um tribunal militar.
Após a prisão ela começou a trabalhar na Rádio de Moscou, enquanto simultaneamente fazia um curso de primeiros socorros de enfermagem no Exército Vermelho. A guerra aproximava-se.
Em 1941, com os exércitos alemães aproximando-se de Moscou, ela conheceu o General Katukov que comandava a 4ª Brigada Blindada que integrava a 1ª Frente do Exército Vermelho comandada pelo General Zhukov e responsável pela defesa da capital russa. Dois exércitos blindados alemães, um pelo sul, outro pelo norte, respectivamente comandados pelos Generais Guderian e Kleist, tentavam a manobra de cerco por pinça, enquanto pelo centro avançava a infantaria e a artilharia do General Bock. A mesma manobra havia dado certo nas batalhas de Minsk, Smolensk e Vyazma. Por que razão não daria certo também em Moscou, pensava Hitler. Afinal os exércitos blindados, ou seja os de tanques, eram a elite dos exércitos alemães, e dentre eles aquele comandado pelo General Guderian, que o próprio Hitler reverenciava e chamava de “O Deus da Guerra”, era considerada a unidade invencível da Alemanha, a alma da chamada guerra-relâmpago (blitzkrieg).
Foi quando Zhukov colocou exatamente no trajeto de Guderian a 1ª Brigada Blindada do Exército Vermelho, comandada do General Katukov. Tanques recém-saídos das fábricas cruzavam o centro de Moscou, para entusiasmar a população aterrorizada, e eram imediatamente conduzidos às frentes de combate nos subúrbios ao norte a ao sul da capital onde conseguiram deter os tanques de Guderian e Kleist naquele terrível inverno de 1941. Devido à sua recorrente capacidade de realizar manobras evasivas e emboscar seguidamente os tanques de Guderian, Katukov passou a ser chamado pelos alemães como “aquele general cheio de truques”.
Foi durante a Batalha de Moscou que Katukov conheceu a agora enfermeira Ekaterina e disse-lhe “quero que fique comigo”. “Eu imediatamente pensei”, diz Ekaterina, “esta é a minha oportunidade de eu me aproximar de um homem que o regime admirara. Depois de alguns meses eu já estava apaixonada por ele”, prossegue Ekaterina. Apesar dos ferimentos que o próprio General Katukov sofreu na Batalha de Moscou, onde por pouco não teve uma das mãos amputada, Ekaterina permaneceu ao seu lado pelo resto da guerra. Katukov tomou parte das grandes batalhas da reconquista russa.

Memoráveis foram os combates de Yakhroma, Solnechnogorsk, Klin, Dace, Kaluga, Mozhaisk, Kashira e a maior batalhas de tanques, já ocorrida na História, a Batalha de Kursk em 1943. Passaram no total por 14 frentes de combate e juntos estavam, nas proximidades de Leipzig, quando a Alemanha se rendeu.
Apesar do constante perigo de vida e de ter sido retirada do front duas vezes para ter seus próprios ferimentos tratados, “eu era intensamente feliz ao lado daquele homem”, diz Ekaterina.
 
Ao término da guerra em 1945 o General Katukov foi nomeado governador militar da Saxônia em Leipzig e lá Ekaterina passou a trabalhar numa escola de língua russa para estrangeiros.

Ambos se casaram oficialmente pelas leis soviéticas em 1945.

Ekaterina terminou a entrevista dizendo que estava feliz por ter terminado o 9º livro que escreveu sobre o marido, “e isso para quem têm 99 anos não é pouca coisa.”
(GAZETA RUSSA) 30.03.2012
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