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Ouvi a voz do mar,
de pássaros e sereias,
as vozes do bosque e do rio,
tambores e guitarras de Espanha,
as orquestras profanas
e o órgão na igreja.
Ouvi a voz do homem
também quando é mentirosa
e trai o irmão.
A voz do homem,
quando fala,
lhe respondo.
Ouvi o grito das feras
na gaiola e acorrentadas,
e o pássaro em busca de pão,
o silencio da cadeia
e o grito dos hospitais.
Quem nasce e quem morre!
Ouvi o grito do homem
que canta por fome,
por raiva e amor.
A voz do homem,
quando canta,
eu a escuto.
Ouvi fanfarras de guerra
e passos em cadência
pelas ruas embandeiradas,
as canções dos soldados,
de triunfo, de dor.
Quem vence e quem perde!
Ouvi a voz do homem
também quando é violenta
e mata o irmão.
A voz do homem,
quando falo,
me responde.
É mais forte do que a tortura
e a injustiça,
das fabricas e dos tribunais,
mais forte do mar e do trovão,
mais forte do terror,
mais forte do mal.
É mais forte a voz do homem,
mais forte do que o vento,
da vida e do tempo.
A voz do homem,
quando chama,
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