nº 47 – Filme CISNE NEGRO

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Dias: 24-25/fevereiro/11: quinta/sexta – sp 

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Já aconteceu antes,

mas essa notícia policial que segue, traz duas coincidências.

A primeira diz respeito ao filme Cisne Negro, cujo comentário é precedido por este fato. A segunda, é sobre o consumo de pipoca numa sessão de cinema, dica/campanha  que havia comentado no Blog/DIS de ontem;

confiram lá; (nº 46). 

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Homem é baleado

por reclamar do barulho de pipoca

durante Cisne Negro

(fonte cineclick, 22/02/11)

Escreve o jornalista:

"Quem nunca se incomodou com o barulho de pipoca, conversas e envio incessante de torpedos durante a sessão de um filme? Pois é, na Lituânia, um espectador pagou o preço por pedir educação a outra pessoa na sala.

De acordo com a agência de notícias Leta e o diário britânico The Guardian, um homem não identificado de 42 anos foi baleado à queima-roupa por um espectador de 27 anos após reclamar do barulho que este fazia ao comer pipoca durante uma projeção de Cisne Negro, um dos favoritos ao Oscar.

O assassino esperou os créditos finais do filme para fazer o disparo, que levou a vítima à morte. Segundo a política, o autor do crime é um “policial que atualmente cursa doutorado na Universidade da Lituânia”.
E se a moda pega?", pergunta o jornalista.

Vamos ter que ser revistados antes da sessão.

Até para uma simples diversão!

Afinal, "cisnes negros" portam desequilíbrios,

independente de diplomas.

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Adendo às CAMPANHAS-CINEMA, que venho fazendo:

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fique aqui reforçada minha dica para que os exibidores eduquem seu público a consumir PIPOCA (cf Blog anterior),  somente pré e pós sessão, em vez de só o obrigatório aviso de segurança, que acaba sendo mais chato que útil. Comentem, divulgem essa dica, exijam até, mas take a care, com sua reclamação durante a sessão, que ninguém sabe que cisne negro vc vai enfrentar.

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"Black Swan” 

CISNE NEGRO

 Direção: Darren Aronofsky
Estados Unidos, 2010

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CISNE NEGRO, não é filme (só) para aficcionados por ballet.

Claro que vai ficar sabendo mais "macetes" da profissão.
Mas êsse não é intúito do filme.
É para quem gosta de cinema vibrante, graças ao seu diretor;

é para quem gosta de música, de dança, de alma humana em busca de sua perfeição num corpo imperfeito.

Se vc soltar seus cisnes e a rigidez nas suas escolhas,

se vc ousar, havendo por acaso algum tipo de preconceito, vai sair do cinema gratificado. (Depois, me manda a conta!!!)

A direção de Aronofsky, soberba, tipo  “attack! Attack”!, rumorosa no movimento, na música, mesmo em momentos de leveza. Ouvindo e até sentindo o ruído das articulações dos pés bailarinos.

O volume visual e auditivo da pista movida pelo ecstasy, deu até vontade de entrar na dança e experimentar.

Envolvente e catársica.

Nicole Portman nunca me chamou tanta atenção quanto nessa interpretação também soberba, a ponto da gente se apaixonar e me fazer lembrar, em alguns momentos, silhuetas de isabella rosselini, fanny ardant, audry hepburn, - não me xinguem, - até mesmo de débora secco, talvez por ter acabado de ver o trailer nacional da Surfistinha.

Depois dos percalços pessoais de Wionona Ryder, isso é passado, ela retorna num papel secundário marcante da estrela que tem que ceder seu lugar à substituta e mostra a que retornou. Fica nossa torcida pela sua plena recuperação, pessoal e profissional.

Moral da minha história: o excessivamente perfeito é chato. Não é a toa que até no registro ancestral do imaginário paraíso perfeito de Adão & Eva, se buscou o relax & enjoy” .  Algo intuitivo, solto, que perdemos em algum momento na evolução dessa nossa etapa humana.

A compulsão de perfeição  traz mais prejuízos que vantagens. O Custo benefício, como se diz, não compensa. Nossa dimensão é imperfeita, não tem jeito, e a busca expontânea do melhor, do perfeito desejados, tem que sair dos trilhos da técnica, do rígido, do estabelecido, para fluir pelo se deixar levar, enfim, pela alma. Corpo sem alma, não tem VIDA.

A imagem de Nina, no apogeu do ato perfeito de seu balé, com uma lâmina perfurando-a, talvez tenha um simbolismo de que o perfeccionismo compulsivo, é nocivo , sem que “ela” a personagem e a gente saibamos; mais, machuca a gente e com quem nos relacionamos,  quando não mata. Mais ainda quando originado de situações tão clássicas da psique humana sob a marca do cisne negro das figuras tomadoras da ALMA.

Essas "ações negras" com intenções e motivações, ditas como que "para o bem"  do interlocutor, talvez sejam as mais destruidoras.

O ballet da VIDA seria mais leve se buscássemos dançar o pas de deux
dessas duas personagens:
a alma perfeccionista de Nina com a alma do deixar-se levar de Lily.
A VIDA - que contradição! - "fluiria mais perfeita".

Essas águas interpretativas a que me aventurei, foram-me inspiradas pelo filme e sobretudo pela leitura do texto da psicanalista Eleonora, tão conhecedora das dores, sabores e amores da alma, em seu blog: http://www.eleonorarosset.blogspot.com/

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