terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

nº 37 - Filme ALÉM DA VIDA

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 DIS = DICAS IDÉIAS & SERVIÇOS
 dias: 01 e 02/02/11: terça/quarta – sp
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cinema/ livro/ música/ lugares
atos & fatos/ “baratos & quetais”
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“Além da Vida”-
“Hereafter”
Direção: Clint Eastwood
Estados Unidos, 2010
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A partir desse texto da psicanalista Eleonora sobre a MORTE:
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”Talvez por isso ela se agarre a nós como uma idéia fixa de vencê-la (como a jornalista Marie), ou ela nos deixa sós e como defesa queremos negá-la (como o gêmeo Marcus) ou há quem tenha nela um motivo para entrar em contato com pessoas (como o vidente George).” (sic)....
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que está em seu Blog, comentando o filme, 
desenvolvi algumas "percepções":
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Três profissionais, a jornalista britância que escreveu o livro, Peter Morgan que roteirizou p/ o filme e principalmente Clint Eastwood, se mostraram bem didáticos, como sociólogos, que observam os acontecimentos e não imprimem sua opinião, não tomam partido. É o relato do Hereafter, (título original do filme), “here/aqui-agora”, de vivências, experiências e o after/depois com todas as incógnitas e dúvidas de muitos, e a certeza de outros tantos.
Quem é que sabe?!
O importante é que no “livro-filme” há espaços para todos. Conceitos, Preceitos e “Pré-conceitos”. O filme mantem intactos todos os sofrimentos de busca e realização. Essa é a beleza da mão cinematográfica do diretor Clint. Uma pessoa com 80 anos poderia forçar na mão, mas respeita tudo e todos. Até mesmo os charlatães, esses explorando as carências culposas dos que não conseguem “vivenciar o luto”, (sic), como diz Eleonora no seu blog.
Os charlatães deixarão de existir se as pessoas HERE, não se sentirem tão angustiadas com os que foram ou com o que seremos no AFTER.
Depois?! Caput! Seremos o que deverá e/ou poderá ser.

Muito interessante a autora do livro, agora filme, ter visitado todos os personagens e pontos que pudessem explicar o here o after na morte de sua irmã. E ter colocado essa busca na figura de uma criança, um garoto em busca da possível verdadeira Comunicação entre os charlatães. E ter reservado para ela, como jornalista, a busca pelos documentos de relatos, assim como o contato com a clínica da médica,
que provavelmente seria Elisabeth Kubler-Ross, (8/7/26 a 24/8/04), psiquiatra Suíça que escreveu o livro, reconhecido como inovador, “On Death and Dying”, eleita em 2007 p/ o National Women´s Hall of Fame, USA
e que deu seu nome ao Modelo de pesquisa feito por ela.

O sofrimento do vidente (matt demon) era não se sentir normal como os outros, vendo-se possuidor de um Dom Especial. Até simpatizava com a idéia de fazer bem aos outros, talvez por isso eventualmente cedia à solicitação de fazer a Comunicação. Ligando pouquíssimo para o dinheiro. É que o toque de mão o tirava da normalidade,
de não ser igual aos outros, impossibilitando, na sua percepção,
de ter uma namorada como os demais.
Confirma seu medo, a descontinuidade do contato com a colega das aulas de culinária italiana, pós o ritual da Comunicação.
Reforçava também sua distinção dos demais, o fato de conhecer e apreciar mais o Charles Dickens quando todos gostavam de Shakespeare.

Mesmo correndo o risco de provocar reações ou acharem que estou com a imaginação solta, não vou resistir de partilhar o universo de algumas teorias, mesmo sem evidências médicas ou científicas. 
São HIPÓTESES!
PRIMEIRA: a comunicação com os mortos era feita pelo médium através do toque de mão que provocava um estouro, - lembram? -, tipo flash de big bang criando uma espécie de “passagem”, que nada mais nada menos era a captação de uma energia; uma espécie de “plugada” na corrente "energética".
 O que sabemos dessa energia?! Respeitando muito a teoria espírita da Comunicação com os mortos, minha hipótese é que sua capacidade sensível captava exatamente a carga concentrada de necessidades que o consulente lhe transmitia através da projeção mental. Como se o interlocutor estivesse projetando “o pensamento em voz alta”.
Por mais descrentes que sejamos, é sabido, que o Humano, na sua História tem espécies e talentos, os mais refinados e diferentes da grande maioria de normalidade.

OUTRA TEORIA: sobre as luzes, imagens em sombras e quietude descritas por pessoas que visitaram os portais da passagem e retornaram.
Quem sabe, - novamente hipótese - essa quase “unanimidade” de sensação não se reporte à primeira passagem, (a do parto), registradas em nosso inconsciente ao nascer e retornando no momento da passagem final.
Enfim, a quietude do ventre, da “luz no fim do túnel”
e das sombras do mundo que se discortinam.

Filme perfeito, mostrando a preocupação com nossa “portabilidade” , para usar uma linguagem cibernética, por essa VIDA, até que Alguém ou Algo a “desplugue”. Fico na torcida que seja um tipo "pen drive", criando a expectativa de que estaremos sendo transportados para outra máquina
de universo, quem sabe, outra dimensão. Good trip!
Enquanto isso não acontece, fico com a percepção da Eleonora, sobre o filme. O after, “...a vontade de viver é o melhor dom que podemos possuir para aproveitar o tempo que temos...” here.
E aí, as comunicações acontecem e as relações fazem seus milagres de VIDA, como sugere o final do filme.
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2 comentários:

  1. Um deleite suas observações sobre o filme; na verdade, um deleite a maneira como você as relata!
    Um abraço
    Suely Jubram

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  2. Retribuindo, SUELY, seu ab e agradecendo seu comentário, reforço a palavra "deleite" que vc utilizou, como a substância que, adicionada em nossos "here/now", dão um tempero a mais para a Qualidade da nossa VIDA.
    wilson

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