segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

filme REDE SOCIAL - David Fincher

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Idéias & Serviços nº VI e anteriores,
logo abaixo do filme Rede Social
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comentário feito (wilson)
ao ler o texto da psicanalista ELEONORA ROSSET
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Relembrando os filmes dirigidos por D. Fincher, citados em seu comentário, me dei conta de que, mais do que um filme, havia assistido a uma realidade avassaladora, da qual, queiramos ou não, somos ou seremos objetos, mesmo que periféricos. Assim como o filme foi só um veículo coadjuvante dessa realidade. Às vezes, difícil de entender a utilização de sua ferramenta, mas a gente vê que funciona, acontece. Até agora a sensação é de ter visto um acontecimento, não um filme.


Essa RS, criada no facebook e que envolve números estratosféricos, de pessoas, países, valores e interferências, é uma informação que não pode passar ignorada por ninguém, por mais que o assunto chateie ou esteja fora da área de interesse da gente. Não tem como negar ou ignorar. Aqui não tem como, ser avestruz; é melhor ver o filme ou ler o livro do Bem Mzrich.


Mesmo sendo, como disse o diretor citado pvc, ”...uma das maneiras mais eficientes de deixar a vida passar sem fazer nada que preste”, de um jeito ou de outro somos ou seremos afetados. Porque essa tecnologia gestante, diariamente parindo aliens, não alienígena, mas terráquea, é apenas um arremedo do que até pouco tempo atrás pensávamos ser pura ficção científica. Agora está tudo aí, cd x+ rápido e desconexo, as xs certeiro nos estragos. Os: wikileaks, anonimousactivist, tweeter, ipad, ipod e itudo estão aí fazendo sua história, mesmo que rapidamente mutáveis.

O pessimismo é pela lembrança de que muitas invenções inovadoras, conteem uma idéia  SERVIDORA de benefícios para a Humanidade, mas que acabam se desvirtuando, no caso do facebook, se banalizando. Mas, em si, essa criação e/ou outras c/ base nessa, bem ou mal, fazem a comunicação entre as pessoas e em algum momento poderá ser utilizada para algo útil, p/ um simples lazer que seja.

O que vemos no início do filme, é um jovem, c/ fala aparentemente desconexa, porque descentrada, ansioso apenas na conquista de sua relação e que negada, embora c/ justa razão, o lança frenética e compulsiva/ no cptd, numa ação de vingança, tentando “compensar sua insegurança social” (sic), movido à cerveja, uma vez que dominava  técnicas e ferramentas que se tornam  agregadoras p/ uns e devastadoras de relações p/ outros, como se vê no filme todo nas relações dos seus vários personagens reais. C/ destaque p/ seu melhor e único amigo, co-sócio fundador.


A afirmação insegura dele exigia que em algum momento sua Érica, conquista perdida, o reconhecesse como o criador desse evento e que por isso não o achasse um nerd/babaca. Atitude que já em si, merece um PHD em nerdice.
  
Talvez a imagem final do criador do face clicando sucessivamente a foto de Érica, sua pretensa criatura,  possa nos dizer que para se estabelecer uma interação afetiva entre as pessoas, é preciso muito mais do que ferramentas ou técnicas para se relacionar, mesmo estas sendo de acesso global e instantâneo.
S/ esse “muito mais”, articulado, centrado, entre tantas atitudes individuais, tudo o que se consegue é apenas registro de uma foto e lembranças virtuais congeladas na rede, sem o retorno quente da relação humana.
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Comentários sobre outros filmes
voce encontra, na sequencia abaixo, após o I&S, ou no índice à direita.
Assim como os nºs VI e anteriores do I&S.

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