quarta-feira, 24 de julho de 2013

642- DICAS, IDEIAS & SERVIÇOS {DIS} - Lazer e Cultura - são paulo

quarta/ 24 julho/ 2013
Ain't No Sunshine by Eva Cassidy (with lyrics / ain't no sunshine when he's gone). Originally sung by Bill Withers.

Sei que estou sendo IR(responsável) 'falando'
da IMAGEM desse audio standard, pois ainda é do tempo em que apesar das consequências - hoje o sabemos! - não se tinha medo do 'momento mágico' de um cigarro fazendo par  a uma boa bebida e sobretudo - indiscustível! -  em ótima companhia.

Vendo, saberão do que estou escrevendo.

Esses momentos mágicos eram sempre embalados, por exemplo, com  música do 'naipe' da americana EVA (Marie) CASSIDY,  que quando faleceu  em 1963, era conhecida apenas nos círculos da capital americana mas que em 2003 num lançamento póstumo de seu álbum American Tune, o jornal inglês Daily Telegraph se referiu a ela como protagonista da "mais memorável carreira póstuma na história da música pop"

Agora, é sua vez de criar o clima a seu bel prazer na intimidade protetora à qualquer policiamento correto, e curtir o sabor que estou lhe oferecendo. Espero que saiba achar o seu jeito de deixar-se VIVER.

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-------- Original Message --------
Subject:A Banalidade do Mal
Date:Thu, 18 Jul 2013 
From:Fulvio Atilio Salmaso
<fulsalmaso@gmail.com>

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Oi Amigos,
Achei que talvez vocês pudessem gostar deste artigo do Contardo Calligaris (Folha) sobre a Banalidade do Mal da Hannah Arendt, 
no gancho do filme "Hannah Arendt" de Margarethe von Trotta, que está em cartaz.
Saudades de vocês!!!
Abraços
Fulvio
P.S. A exposição "Mestres do Renascimento - Obras Primas Italianas"
no CCBB (até 23/9) está ótima.  

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------Folha de São Paulo - 18/07/2013 

Meu vizinho genocida

Contardo Calligaris



Escrevi minha tese de doutorado de 1980 a 1991. No fundo, trata-se de um longa meditação sobre a ideia central de Hannah Arendt em "Eichmann em Jerusalém - Um Relato sobre a Banalidade do Mal" (Companhia das Letras).
Por isso, era inevitável que eu corresse para ver o filme de Margarethe von Trotta, que acaba de estrear, "Hannah Arendt". Tanto mais que ele narra especificamente os anos da vida de Arendt em que ela assistiu ao processo de Eichmann e relatou sua experiência para os leitores da revista "The New Yorker" (e, logo depois, no livro que citei).
Os artigos foram recebidos por uma salva de injúrias e ameaças. Mas, quando eu me interessei pela questão, a ideia de Arendt em "Eichmann em Jerusalém" já era universalmente aceita no campo dos "Holocaust Studies". Nota: a palavra "holocausto" evoca para mim um sacrifício, como se as mortes pudessem ser algum tipo de expiação; por isso, prefiro a palavra genocídio, que diz a verdade sobre a intenção dos assassinos.
Mas vamos por partes. Adolf Eichmann, tenente-coronel da SS, foi responsável pela logística do genocídio dos judeus pela Alemanha nazista. Em 1960, enquanto vivia escondido na Argentina, Eichmann foi capturado pelo Mossad israelense e levado a Jerusalém para ser processado.
Nessa altura, Arendt já tinha publicado há tempos (em 1951) seu "Origens do Totalitarismo" (Companhia das Letras). Fato extraordinário para a época, Arendt examinava os totalitarismos do século 20 levando stalinismo e nazismo para um mesmo tribunal. Ela encontrava as origens do totalitarismo do século 20 no imperialismo colonialista e no racismo (ideias, convicções, tanto das elites como dos povos) .

Pois bem, dez anos mais tarde, Arendt saía do processo de Eichmann pensando diferente: as convicções (por exemplo, antissemitas) dos funcionários do regime não bastavam para explicar o que os tinha transformado em assassinos genocidas, e o totalitarismo tinha sido possível não graças aos entusiasmos ideais de sua tropa, mas, ao contrário, graças a personagens quaisquer e banais, facilmente dispostos a abdicar sua faculdade de pensar.
Eichmann era um pateta --os filmados do processo, que o filme mostra, são extraordinários para sentir a desproporção entre o tamanho do crime e a mediocridade do criminoso. Preferiríamos que ele fosse um exaltado ou um monstro: sua loucura explicaria o horror de seus atos e o manteria solidamente afastado da gente, diferente de nós. Mas Eichmann não era um monstro, era o vizinho do apê ao lado.

Isso constitui uma desculpa? Ao contrário, aos meus olhos (e aos de Arendt também, acredito), a banalidade do assassino constitui uma agravante.

O vizinho alega as ordens, a ordem ou a fidelidade a qualquer grupo que seja, tudo porque quer parar de pensar: essa é sua culpa original e mais grave, graças à qual ele se torna capaz de agir como se não existissem considerações morais. De fato, ele quis sobretudo deixar de dialogar com sua consciência.
Talvez em 2015 eu publique minha tese. Fiquei a fim de explicar este fato um pouco assustador: há algo na dinâmica de nossa subjetividade normal que faz com que parar de pensar seja uma tentação constante, como se qualquer desculpa (ideológica, por exemplo) fosse boa para fugir da solidão, que é a condição do diálogo moral de cada um com sua consciência.
O coletivo (a nação, o partido, o sindicato, a torcida, a gangue, o grupo adolescente de amigos, a própria família) não oferece apenas ideologias e desculpas: ele fornece uma função para cada um de seus membros. Com isso, não preciso pensar para decidir minha vida --preciso apenas preencher minha função. É bom o que é funcional ao grupo -ruim, o que não é.
Qualquer crepúsculo do indivíduo é um crepúsculo da moral. Pensemos nisso, por favor, quando torcemos, agitamos bandeiras ou falamos, misteriosamente, na primeira do plural.
Minha tese tinha o título "A Paixão de Ser Instrumento". Ela perguntava: por que a ideia de se transformar em instrumento (abdicando a subjetividade da gente) teve e continua tendo tamanho sucesso?
Para qual razão psíquica fundamental teríamos todos uma predisposição a sermos seres estúpida e covardemente coletivos? Por que preferiríamos ser funcionários do horror a conviver com as incertezas cotidianas do juízo moral? A resposta não cabe aqui. Mas a questão não envelheceu.

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documentário de 1h:44m sobre os
EVERLY BROTHERS 
e sua família musical
mostrando uma época
a partir do standard absoluto, 
songs of innocence and experience;
é um registro da música country, considerada o berço do new rock popularizado pelo seu rei, Elvis Presley.

É uma viagem que resgata décadas, de 40 vindo até meados de 80, época do documentário.  Além da História e das músicas, é uma viagem com imagens vintage

Para quem curte o gênero - que não é o meu caso, embora tenha me deliciado muito, -  é como uma sobremesa-surpresa agradável, recheada de sua melhor Qualidade.

Faça de conta que você se programou pra ver um filme e curta, mais ainda se o inglês for-lhe familiar.

Você pode assistir de um fôlego só ou (em) partes.

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