Essa é uma História que me
foi contada há mais de 8 anos por executivo de multinacional, cujo protagonista
foi nosso eterno comunista Oscar Niemeyer, que se achava muito velho pra
mudar de ideologia.
Eram tempos da ditadura militar brasileira de 64.
Nomes estão sendo ocultados pois não me
foi possível contactar o Interlocutor, solicitando autorização para tanto. Prometo, que quando o fizer, e me for autorizado, darei as informações complementares.
Eram tempos da ditadura militar brasileira de 64.
Nomes estão sendo ocultados pois não me
foi possível contactar o Interlocutor, solicitando autorização para tanto. Prometo, que quando o fizer, e me for autorizado, darei as informações complementares.
Então, o governo militar
querendo comemorar a data de sua revolução, planejou-a fazer solenemente na
Catedral de Brasília.
Mas havia um problema: na
parte superior da estrutura, que tem a forma de um “cálice”, faltava a colocação dos vitrais para
o encerramento da obra.
E o governo encarregou o
fornecedor multinacional a cuidar disso, - com pedido democraticamente
feito ao estilo militar - não sabendo que para tanto o aplicador teria que ter
orientações técnicas e específicas – de quem? – do inimigo número 1 da ditadura
e ardoroso devoto do regime comunista, para que os vidros pudessem ser
aplicados. Problemão!

Claro que os ânimos estavam à flor da pele dificultando um consenso, pois o jovem e agora eterno comunista não se mostrou nada interessado e pouco transigente em concordar com a tarefa de entregar o mapa da solução. Até que o interlocutor de Niemeyer, muito culto saiu-se com o seguinte arrazoado.
“- eu entendo seu ponto de
vista, sr. Niemeyer, quanto ao pedido do
regime que não é de seu agrado, mas pense numa coisa: esse governo que está aí
e as pessoas envolvidas com a situação,
um dia não estarão mais aí, passarão. Mas a sua obra estará lá, sempre e sempre
será lembrada; então por que não concluí-la?! Eles passam, o senhor fica.
O Sr. Niemyer, conhecedor
e admirador de dialética, reconheceu a do seu interlocutor, mesmo sendo de uma
empresa multinacional.
- “sua dialética é muito
boa, por isso, em homenagem a ela, estou reconsiderando e lhe passando o know-how
necessário para concluir a catedral.

wilson-seramigo morou aqui nos idos de 60:
seramigo@servideias.com.br
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