quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nº 75 - Filme HOMENS E DEUSES {DIS}



" Des hommes et des Dieux" 
França, 2010
Direção : Xavier Beauvois

No seu blog, Eleonora Rosset questiona: 
"até quando a humanidade vai preferir a violência ao diálogo?"
(www.eleonorarosset.blogspot.com)


O salmo 82, citado por ela e que está no filme, talvez dê uma DICA de resposta a essa questão. Talvez, para sempre, enquanto permanecermos “nesse plano” ( e aqui cabe múltiplas interpretações sobre “quê plano”, podendo ser interno e para quem acredita, noutra dimensão). A História da Humanidade desde os primórdios se repete ciclicamente, convivendo com “Homens, Deuses e Demônios”. O salmo vaticina também o desterro ao qual a Humanidade estará sempre submetida, a da igualdade na sua finitude.
Mas apesar disso, o mais importante não é se entregar ao martírio, ao fim, mas sim, ao dever de sobreviver para a VIDA.

Há milenios que não vejo um filme religioso e outros tantos se eu considerar um filme que realmente nos RELIGUE aos dois planos,
o dos Homens e do(s) Deus(es)”.

O Diretor Xavier Beauvois conseguiu esse feito mostrando uma comunidade de monges franceses numa aldeia remota da Argélia, onde conviviam pacificamente cristãos e muçulmanos. Onde a missão de catequisar, que significa doutrinar, foi exercida através do SERVIR. Homens, reconhecidos como servidores de Deus, prestando serviços comunitários, para os outros e para eles mesmos, com tolerância, solidariedade e fé única, na diversidade.

                                     

E o faziam com leveza, determinação e segurança, 
mesmo no temor e na dúvida.
Esses “Deuses”, segundo as palavras Bíblicas, reverenciadas como de inspiração sagrada, vivendo sua encarnação na humanidade, se modelando na fé para sustentar suas forças e para conviver com suas fraquezas.


Impressionante observar a sala do cinema cheia, 
público de várias “tribos” humanas e religiosas, 
todos extasiados pelo silencio das preces, dos cantos 
e do testemunho VIVO de VIDA.

“H&D” é um filme-depoimento vivo de como é possível se confraternizar e se solidarizar a despeito de ações selvagemente intolerantes e exterminadoras. Isto é testemunhado na prece que o Mullah faz com a participação dos monges e toda a comunidade. Onde se reconhece e se respeita os vários profetas.
“a casa do Senhor tem muitas moradas”.

Esses “Deuses-Homens”, reais nessa História contada pelo filme, na sua extrema dedicação de SERVIR por opção de Vida, felizmente existiram e existem, incontestáveis e testemunhados por muitas pessoas. Tive o privilégio de conviver com alguns desses “Senhores”. Homens, com uma parte de si tangenciando com leveza esse mundo, - nós os vimos nesse filme - mas se sentindo parte de outra dimensão. Vai saber qual! Cada um no seu tipo de fé saberá posicionar a própria estrela nesse firmamento misterioso.


A celebração que os monges fazem na ceia antes da desintegração deles é um ponto alto do filme confirmando a leveza com que tocam as duas dimensões, a Humana e a Divina.

Aquele vinho servido, que na transubstanciação da Missa é creditado como sangue de Cristo, ali, os monges, se permitindo um momento de Humanos, conscritos, como se tivessem pedindo licença para um brinde, são filmados UM a UM, em “estado de Graça”, quase num êxtase de Deus(es).
Emocionante!

                                   Esqueçam do cenário religioso, se há alguma objeções ao tema,
e deixem-se tocar por essa História real.
Nesse filme encontrarão:
silencio e prece; simplicidade e emoção; 
devoção e comoção; ação e destruição; reflexão e salvação.
VIDA PARTILHADA em várias dimensões.

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descendo o cursor, tem mais;
a qualquer momento, novas DICAS.
Voltem sempre,
sem esperar minha chamada na porta de seus e-mails. Grato!
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