segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nº 72 - Filme A MINHA VERSÃO DO AMOR {DIS}

A Minha Versão
  do Amor 
(premiado em vários festivais)

“Barney’s Version” - Estados Unidos, 2010
Direção: Richard J. Lewis

No texto que Eleonora Rosset faz no seu blog sobre esse filme ela conclui com uma afirmação e uma pergunta:
"Nas histórias que contamos sobre a nossa vida sempre valerá o dito “Assim é, se lhe parece”. Concordam?"
SIM, Eleonora.
“Assim é, se assim é...” a versão que Mordechai Richler deu ao personagem Barney.
“Usando a mesma força de seus pensamentos na realização correspondente de sua ação.”
Onde tudo foi possível. O irreal acontecendo na sua versão real.

(*)
Olhem só a expresão de Mordechai Richler,
(1931-2001)
autor do livro em que baseia o filme.
Barney é seu alter ego
ou Paul Giametti
se inspirou nele?
Assim criou um personagem absolutamente normal, (Barney), sem maiores desvios de personalidade, a não ser o de ser ou estar “entupido” de tédio, (*) acompanhado de todas as desqualificações correspondentes ao ser desse tipo, que consegue atrair para casamentos consecutivos, 3 mulheres e, a última em especial, acima de seus méritos. Assim foi no livro e no filme porque o autor assim imaginou sua versão. Um ser com dias, horas, rotinas, atitudes desprezíveis consegue até realizar suas versões com mulheres acima de seus talentos, enquanto vai se destruindo, culminando na deterioração, (alzheimer), do próprio pensamento, fonte de sua criação ou de sua versão da ação.

Talvez, a figura de sua terceira e última mulher, a da sua Vida, a mãe de seus filhos, com sua suavidade, serenidade e positividade, signifique uma versão de ideal que se mantem “monocordicamente” mesmo depois de uma separação ou após a morte. Tanto que na cena final ela aparece depositando flores no túmulo de Barney, em cuja lápide consta também o seu nome a espera de seu futuro.

Me pergunto também se a insistência de personagens como o Barney deste filme, na perseguição obsessiva da uma mulher como a de sua Vida, - tema muito recorrente em filmes e livros e muito provavelmente na Vida real, - pergunto-me se tem algum significado especial ou decisivo para uma Mulher, como fator de escolha de um Homem na sua Vida.

Pergunto também se no filme não há uma crítica, na tradição judaica dessas pessoas do Canadá, referente à mulher seduzida e colada na figura masculina, quase como vítimas, mesmo esta sendo tão desqualificada quanto a de Barney.

Embora de formas constrangedoras, é um filme que diverte, mas sobretudo faz a gente pensar muito nas relações humanas,- como também salientou a Sonia Clara, seguidora do Blog da Eleonora c/ ótimos comentários - e nesse caso, centradas nos costumes de famílias judaicas de Montreal, Quebec, onde o autor vivia e se inspirava para seus ensaios e livros.

Filme para quem gosta de história de “amor com ironia”. (sic) Para quem gosta do sempre carismático Dustin Hoffman e  acompanha a trajetória de ótimas atuações de Paul Giametti, desde o seu Sideway - entre umas e outras, nesse filme encarnando o tedioso Barney. De sobra, interpretações ótimas do elenco de apoio com destaque para as atrizes que fazem as 3 mulheres da Vida do personagem.

P.S. (Re)vendo o filme, reparem no ator Jack Hoffman, que faz o filho do personagem Barney, e vejam se ele se parece com o pai, Dustin.
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acessem também: 
www.eleonorarosset.blogspot.com
leiam seu texto, vejam o video, assistam e comentem.
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descendo o cursor, tem mais.
a qualquer momento, 
novas DICAS.
Voltem sempre,
sem esperar minha chamada na porta de seus e-mails. Grato!
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wilson-seramigo/servidéias

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